Esquema teria desviado mais de R$ 220 milhões do Maracanã e do Arco Metropolitano. Ex-assessor Wagner Jordão Garcia também foi preso. Os agentes tentam cumprir um total de 79 mandados expedidos pelas Justiças do Rio e do Paraná. A Polícia Federal prendeu o ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral nesta quinta-feira. Ele foi detido no apartamento onde mora, no Leblon, na Zona Sul do Rio, e já chegou à sede da PF no Centro da cidade.

A Operação Calicute apura desvios de R$ 224 milhões e foi deflagrada para cumprir um total de 79 mandados. Entre eles, a Justiça do Rio expediu 38 ordens de busca e apreensão, oito de prisão preventiva, dois de prisão temporária e 14 de condução coercitiva. Já a Justiça do Paraná ordenou uma prisão temporária, duas prisões preventivas e 14 mandados de busca e apreensão.

Segundo MPF, Sérgio Cabral chefiava a organização criminosa que lavou 'fortuna imensa, inclusive mediante a aquisição de bens de luxo, assim como a prestação de serviços de consultoria fictícios'. Foi determinado o sequestro e arresto de bens do ex-governador Sérgio Cabral e outras 11 pessoas físicas e 41 pessoas jurídicas. O Ministério Público Federal afirmou ainda que Sérgio Cabral recebeu, entre os anos de 2007 e 2011, ao menos R$ 2,7 milhões da Andrade Gutierrez, por meio de entregas de dinheiro em espécie, inclusive na sede da empreiteira em São Paulo.

Os envolvidos no esquema teriam superfaturado as obras do Arco Metropolitano e do estádio do Maracanã. São investigados os crimes de pertencimento a organização criminosa, corrupção passiva, corrupção ativa, lavagem de dinheiro, entre outros. A ação é realizada por um núcleo da operação Lava-jato em quatro cidades fluminenses e surgiu a partir da delação homologada de executivos da Andrade Gutierrez e da Carioca Engenharia, relativamente às obras de terraplanagem no Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj).

Informações da Rádio CBN