Boletim do Ministério da Saúde afirma que, dos 22,9 milhões de testes anunciados pela pasta em meio à pandemia da Covid-19, só foram entregues até quarta-feira 904.872 - ou 4% do total. A previsão é que em julho esse volume acumulado recebido chegue a 9,1 milhões, ou cerca de 40% do montante previsto.
A pasta alerta, porém, que dependerá da "disponibilidade de insumos no mercado internacional". Na programação de compras apresentada no boletim, só há definição de prazos para os 9,1 milhões de testes citados até julho. O documento não traz indicação sobre o volume restante em relação ao total de 22,9 milhões prometidos.
Dos 904.872 testes recebidos, 500 mil são do tipo rápido, menos precisos na detecção da Covid-19 porque identificam o anticorpo criado após dias de infecção. Eles foram doados pela empresa Vale e serão priorizados para profissionais de saúde e de segurança, considerados essenciais durante a pandemia.
A outra parte é de testes RT-PCR, considerados mais precisos porque identificam a presença do vírus no organismo. São 104.872 vindos do Fundação Oswaldo Cruz e Biomanguinhos, de um total de 3,5 milhões encomendados, segundo a pasta. E outros 300 mil de uma doação da Petrobras, de um total de 600 mil.
Os testes RT-PCR são usados na estratégia brasileira para diagnosticar casos graves internados e casos leves em unidades sentinela do SUS que monitora a circulação de vírus respiratórios, coletando amostras até de pacientes com sintomas leves.
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Fonte: O Globo