O estoque de concessões problemáticas realizadas pelo governo Dilma Rousseff é expressivo. A recessão que se instalou sobre o país, a corrupção envolvendo grandes empreiteiras – desvelada pela Lava Jato – e os financiamentos prometidos pelo BNDES que não saíram do papel são alguns dos fatores que levaram a não execução dos contratos, e que resultaram em diversas obras inacabadas.
Para reverter a situação, o presidente Michel Temer vai propor que algumas construtoras que não estão bem deixem amigavelmente os seus negócios, com as devidas indenizações. O governo disse que disporia algo em torno de R$ 287 bilhões para essas concessões. Esse seria o montante geral dessas concessões. Mas na verdade o governo não chegou a R$ 180 bilhões. Tudo isso que o governo fez anteriormente foi uma verdadeira balbúrdia: sem estratégia, sem projeto e sem responsabilidade. Não poderia dar diferente de tudo o que aconteceu no país.
A concessão da BR 153, de Anápolis a Aliança, no meu estado do Tocantins: a empresa vencedora, a Galvão Engenharia, deu quase 47%. Foi um negócio extraordinário. A empresa começou a fazer sua parte, mas o governo não fez a dele, que era fazer um empréstimo por meio do BNDES. Ou seja, todos esses programas de concessões dos governos Lula e Dilma foram um verdadeiro fiasco. Diante dos problemas com as concessões, o Senado Federal aprovou a criação de uma comissão temporária que vai acompanhar e fiscalizar obras inacabadas financiadas direta ou indiretamente por recursos federais. A sugestão foi do senador Ataídes Oliveira.