Aconteceu no último final de semana, o VI Festival de Música Popular Livre de Barbacena. Ao todo 34 artistas se apresentaram no palco do evento, organizado no espaço A Casa, no bairro Santa Tereza. A programação se encerrou no domingo, por volta das 22h, consagrando como melhor música a canção “1960”, do Coletivo Borandá.
Participando pela primeira vez de um festival de música, o Coletivo Borandá, surgiu em agosto de 2018 e é formado por seis mulheres do curso de teatro da Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ), as alunas Bruna Guimarães, Sabrine Maria, Mayra Pocho, Diulia Paraizo, Ana Lara Alves e Ana Paula Tostes.
A canção vencedora, “1960”, trata sobre a luta antimanicomial, e segundo Ana Tostes, compositora da música, é uma homenagem a sua avó e a seu tio, este último foi paciente do Hospital Colônia de Barbacena, instituição que até hoje é um marco na história manicomial e da saúde mental no Brasil.
Os planos do Coletivo Borandá, agora, são a realização de um show com músicas autorais no segundo semestre, além de algumas apresentações ainda em maio e junho.
Além do Coletivo Borandá, que conquistou o festival, o segundo lugar ficou com a Banda Aduar (São João del-Rei), e o terceiro lugar foi da cantora Laura Januzzi (Juiz de Fora). Foram destaques o instrumentista Felipe Bedetti (Belo Horizonte), o compositor André Salomão (Araguari) e o intérprete Matheus Amaral (Juiz de Fora). Guilherme Lisboa (Rio de Janeiro/RJ), Banda Unoverso (Barbacena) e Lair Justino (Ipatinga) ganharam Menções Honrosas.
O Festival
De acordo com o Instituto Curupira, “mais de 600 músicas autorais já circularam nos últimos seis anos do festival, cujo palco já recebeu mais de 200 compositores, intérpretes e instrumentistas das mais variadas regiões brasileiras, cada qual com um trabalho unicamente sensível”.
Além de valorizar a geração de perspectiva de mudança cultural por meio das urbanidades, a organização também conta com a construção de sentidos ambientais como um de seus principais valores.
Com núcleos de trabalho e pesquisa em Juiz de Fora, Campinas e Woburn, nos Estados Unidos, o instituto já recebeu centenas de alunos de todas as faixas etárias e tem como um de seus principais objetivos construir oportunidades, motivo pelo qual todos os eventos prezam pela democratização do acesso.
Com informaçõesdo Folha de Barbacena