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Depressão e vida a dois: como evitar que os sintomas desgastem a relação?
Notícia
Publicado em 02/07/2016

 

 

Picos de agressividade e bruscas alterações de humor, desinteresse sexual, desânimo para atividades de lazer e apatia diante das tarefas domésticas, desleixo e baixa autoestima:  muitos dos sintomas relacionados à depressão podem interferir diretamente na vida conjugal, desgastando a relação.  Mas o apoio do parceiro é, justamente, um dos pilares fundamentais para a adesão do paciente ao tratamento.

 

Para auxiliar na recuperação do cônjuge é preciso, em primeiro lugar, informar-se sobre a doença. Descrita há quase 3 mil anos, ainda hoje a depressão está envolta em desconhecimento e preconceito, dificultando a discussão sobre o tema e, consequentemente, a busca por ajuda. Por isso, é papel do parceiro encorajar seu companheiro a falar abertamente sobre o assunto, fortalecendo os laços de confiança entre eles. 

 

“Trata-se de uma doença que traz um estigma para os pacientes, que muitas vezes não são compreendidos nem mesmo pela família. Somente com informação de qualidade é que os familiares poderão entender que se trata de uma doença reconhecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que apresenta vários aspectos biológicos e não tem nada a ver com preguiça, falta de força de vontade ou fé”, analisa o médico Joel Rennó Jr., doutor em psiquiatria pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), onde atua como professor colaborador, e diretor do Programa de Saúde Mental da Mulher do Instituto de Psiquiatria da USP (IPq-USP).

 

Como ajudar?

Uma vez identificado o problema, o cônjuge poderá exercer um papel fundamental para o sucesso do tratamento, atuando como um forte elo entre o médico e o paciente.  “Sem dúvida, a luta contra a desistência do tratamento é muito mais leve quando o companheiro do paciente trabalha em conjunto com o médico, especialmente nos casos graves de depressão”, ressalta Rennó Jr. O cônjuge pode, por exemplo, responsabilizar-se pela medicação, caso prescrita pelo médico, lembrando ao paciente sobre os horários das tomadas. Ou, ainda, poderá assumir temporariamente algumas das tarefas domésticas do companheiro, como ir ao supermercado, entendendo que fadiga excessiva e apatia também podem ser sintomas da doença. É possível, em outra frente, oferecer companhia para as sessões de psicoterapia, caso o cônjuge concorde, bem como estimular que ele se alimente bem, exercite-se e estabeleça um bom padrão de sono.

 

A irritabilidade, outro sintoma comumente associado aos quadros depressivos, é mais um componente que pode interferir diretamente na vida conjugal, alimentando discussões e desgastando a relação.  “Na verdade, são vários os sintomas que podem atrapalhar um casal nos casos de depressão. Muitas vezes o cônjuge se vê tomado pela impaciência diante de alguém que está apático, irritado e sempre triste, alguém que tende a valorizar demais as casualidades negativas e que pode até mesmo se tornar uma pessoa controladora, com medo de que o familiar se afaste”, complementa o psiquiatra.

 

Perda de libido e vida sexual

Se por um lado a depressão pode levar ao desinteresse pelo sexo, de outro muitos pacientes temem que os próprios medicamentos utilizados no tratamento tenham impactos negativos sobre a libido. Somam-se a essa preocupação as questões estéticas, como as variações bruscas de peso, que muitas vezes também estão relacionadas à depressão, o que também pode ter impacto direto sobre a autoestima e a vida sexual do casal.

 

“As pessoas chegam ao consultório com uma ideia distorcida sobre os efeitos colaterais dos antidepressivos, que atuam de forma diferente em cada um dos pacientes. Hoje, há medicações que já não exercem impacto significativo sobre o peso do paciente nem sobre o desejo sexual”, esclarece Rennó Jr., lembrando que outros fatores, físicos e psicológicos, podem interferir na libido, como alterações hormonais, algumas doenças e a qualidade da relação conjugal e da vida sexual no período anterior à depressão.

 

A evolução no entendimento da depressão e o conhecimento cada vez mais aprofundado dos fatores relacionados à doença têm possibilitado o desenvolvimento de tratamentos cada vez mais modernos, eficazes e seguros, como os antidepressivos de terceira geração. Com ação dual, esses medicamentos conseguem equilibrar a disponibilidade de dois neurotransmissores importantes e diretamente relacionados aos quadros depressivos: a noradrenalina e a serotonina. Esse é o caso de Pristiq (desvenlafaxina), da Pfizer, que se destaca por preservar a libido do paciente e favorecer o resgate da funcionalidade, restaurando sua capacidade plena de atuação e ampliando, assim, sua qualidade de vida. 

 

 

 

 


Antidepressivos podem ser utilizados em conjunto com outros medicamentos?

 

 

O acelerado processo de envelhecimento da população brasileira pode representar um desafio para o campo da saúde mental: essa é a faixa etária com a maior incidência de depressão no País, segundo dados da Pesquisa Nacional de Saúde 2013, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).  Trata-se, também, da parcela da população que mais consome   medicações de uso contínuo, especialmente para tratar doenças crônicas, mais comuns com o avançar da idade. Por isso, a escolha do antidepressivo mais adequado deve levar em conta também seu perfil de interação medicamentosa, ou seja, o quanto ele é compatível com o uso simultâneo de outros fármacos.

Em geral, na comparação com indivíduos saudáveis, os pacientes com quadros depressivos apresentam maior probabilidade de interações medicamentosas, uma vez que os antidepressivos costumam ser prescritos por um longo período de tempo, muitas vezes por anos¹.  A literatura médica descreve interações medicamentosas de significativa importância entre algumas classes de antidepressivos e outros medicamentos comumente utilizados em idosos, como analgésicos, anestésicos, anticoagulantes, anticonvulsivantes e anti-hipertensivos².

Considerando que a depressão também é mais comum na população feminina, conforme dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), a possibilidade de interferência do medicamento na ação dos anticoncepcionais é outra questão que merece atenção. Assim, além da eficácia, o perfil de interação medicamentosa e os efeitos colaterais dos antidepressivos representam critérios importantes na escolha do tratamento com maior chance de sucesso.

A evolução no entendimento da depressão e o conhecimento cada vez mais aprofundado dos fatores relacionados à doença têm possibilitado o desenvolvimento de tratamentos mais modernos, eficazes e seguros, como os antidepressivos de terceira geração. Com ação dual, esses medicamentos conseguem equilibrar no cérebro a disponibilidade de dois neurotransmissores diretamente relacionados aos quadros depressivos: a noradrenalina e a serotonina. Entre eles está Pristiq (desvenlafaxina), da Pfizer, classificado como antidepressivo de primeira linha de tratamento para a depressão maior, considerando dados de eficácia e baixo índice de efeitos colaterais, conforme as diretrizes publicadas pela Canadian Network for Mood and Anxiety Treatments (CANMAT), em 2009.

Com características peculiares de metabolização e de eliminação pelo corpo, Pristiq também se diferencia pela baixa probabilidade de interação medicamentosa, inclusive com anticoncepcionais. Isso ocorre, em parte, porque a desvenlafaxina já é ingerida em sua forma ativa, tornando mais simples a sua metabolização. Além disso, o medicamento é eliminado praticamente in natura pelo rim, de modo que não são esperadas interferências relevantes na ação de outros medicamentos eventualmente utilizados pelo paciente³. Aliados à psicoterapia, os antidepressivos compõem uma estratégia importante para recuperar a funcionalidade do paciente, melhorando sua qualidade de vida e restaurando sua capacidade plena de atuação, traduzida pelo retorno ao trabalho e aos hobbies, bem como pelo resgate dos relacionamentos pessoais.  

 

Para aprofundar a discussão sobre o tema, sugerimos entrevista com o psiquiatra Kalil Duailibi, ex-coordenador de Saúde Mental da Secretaria de Saúde do Município de São Paulo e um dos moderadores do fórum no Chile

 

Referência:

 

1.        ERESHEFSKY, L. Drug-drug interactions with the use of psychotropic medications. Question & Answer Forum, v. 14(8), p. 1-8, 2009.

2.     Ciraulo DA, Shader RI, Greenblatt DJ, Creelman W. Drug interactions in psychiatry. 2nd ed. Baltimore (Maryland): Williams & Wilkins; 1995

3.     DUAILIBI, K. In: MONTEIRO, R, editor. Programa de Educação Continuada em Psiquiatria – Desvende. São Paulo: AC Farmaceutica; 2012.

 

 

PFIZER

Presente em 175 países, a Pfizer realiza um intenso trabalho de pesquisa e desenvolvimento para melhorar a qualidade de vida das pessoas e oferecer soluções inovadoras aos grandes desafios do mundo contemporâneo ligados à saúde.  Seu portfólio se concentra em sete áreas: imunologia e inflamação; oncologia; doenças cardiovasculares e metabólicas; dor e neurociência; vacinas, doenças raras e biossimilares.  São 150 opções terapêuticas entre medicamentos, vacinas e os mais famosos produtos isentos de prescrição do mundo. A companhia investe por ano US$ 7 bilhões no desenvolvimento de novos tratamentos, numa empreitada que envolve 260 parceiros, entre universidades e centros de tecnologia. Em todo o mundo, a Pfizer apoia projetos sociais associados à saúde, desenvolvimento social, educação e respeito ao meio ambiente. Com 166 anos de história, dos quais mais de 60 anos no Brasil, a companhia trabalha para fazer a diferença na vida das pessoas e ampliar o alcance da população aos seus tratamentos.

 

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Bruna Ramos

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