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Dinheiro de propina pagou viagem de Pimentel a Miami, diz PGR
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Publicado em 14/05/2016

 

 

A Procuradoria-Geral da República (PGR) afirmou em denúncia feita ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) que o governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), teve despesas pessoais de viagens pagas com dinheiro de propina na época em que era ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. A acusação consta em processo da Operação Acrônimo, que teve o sigilo derrubado.

De acordo com a denúncia, duas passagens aéreas de trecho Guarulhos-Miami-Guarulhos, com partida em 28 de dezembro de 2013 e retorno em 6 de janeiro de 2014, foram emitidas em nome de Pimentel e da mulher, Carolina de Oliveira Pimentel. Conforme o documento, a quantia que teria sido usada na viagem é de R$ 44.369,10. O documento cita também que propina foi usada para pagamento de despesas com hospedagens no Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo. Segundo a PGR, o dinheiro é proveniente de vantagem indevida recebida de acionistas da Caoa Montadora de Veículos em troca da concessão de benefícios tributários pelo ministério.

O esquema teria gerado mais R$ 600 milhões por ano em benefícios para a Caoa. Os repasses a Pimentel totalizaram R$ 2 milhões e, conforme a denúncia, foram feitos por meio de empresas de Benedito Rodrigues de Oliveira, o Bené, também denunciado na Operação Acrônimo. As investigações apontaram que Bené teria recebido propina para atuar em favor da montadora junto ao ministério. Procurado pelo G1, o advogado de Pimentel, Eugênio Pacelli, disse que a viagem para Miami foi paga por Benedito Rodrigues de Oliveira e que depois o governador reembolsou a quantia. “O valor foi reembolsado. Está na declaração de imposto de renda dele [de Pimentel]. Ele tem como provar que reembolsou o Benê”, garantiu a defesa.

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