O Ministério Público de Minas Gerais informou, nesta quinta-feira (5), em Belo Horizonte, que denunciou 14 funcionários da alta cúpula da Samarco por crimes ambientais a respeito do rompimento da barragem de Fundão, em Mariana. A tragédia completa hoje seis meses. De acordo com o promotor Marcos Paulo de Souza Miranda informou que a denúncia pede o afastamento de todos, além do recolhimento dos respectivos passaportes. O rompimento da barragem de Fundão, que pertence à mineradora Samarco, cujas donas são a Vale e a BHP Billiton, afetou outras localidades de Mariana, além do leito do Rio Doce.

Os rejeitos também atingiram mais de 40 cidades de Minas Gerais e no Espírito Santo e chegou ao mar. Dezenove pessoas morreram. Um corpo ainda está desaparecido. O desastre ambiental é considerado o maior e sem precedentes no Brasil. A denúncia foi oferecida à Justiça no dia 10 de março. De acordo com o promotor, a ação está na Vara Federal de Ponte Nova, na Zona da Mata de Minas Gerais, vara fixada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) como competente provisoriamente para ações a respeito do rompimento da barragem.