Apesar do Ministério da Saúde ter decretado o fim do surto de febre amarela em todo o país, 661 municípios de Minas Gerais ainda precisam intensificar a vacinação contra a doença. É que nessas cidades, o número de pessoas vacinadas não atingiu os índices recomendados pelo Ministério da Saúde. O estado foi um dos mais afetados pela febre amarela, registrando 465 casos e 152 mortes. De acordo com o ministro da Saúde, Ricardo Barros, os governos municipais precisam manter as ações de combate para evitar que novas pessoas sejam infectadas. “A situação está sob controle, mas precisamos ampliar a cobertura vacinal. Precisamos que todas as áreas de recomendação de vacinação tenham 90% de cobertura. Essa é a meta e vamos insistir com os gestores locais para que alcancem esse objetivo. É preciso que as equipes façam busca ativa, especialmente nas pessoas que estão na zona rural que são as mais suscetíveis a pegar febre amarela”.
O Brasil adota o esquema de apenas uma dose da vacina durante toda a vida, o que significa que quem já foi vacinado alguma vez, não precisa de dose de reforço. A vacina é segura e apresenta eficácia de até 99% contra a febre amarela. A estudante Rayani Campo conta como foi rápido e fácil ficar protegida contra a doença. “Eu tomei a vacina no posto de saúde. Não tinha fila, eu fui super bem atendida e não tive reação alguma da vacina. Todos da minha família, inclusive a namorada do meu irmão, a família dela, todos tomaram e nenhum de nós teve reação. Teve fila, mas foi coisa pouca, o atendimento super rápido, bem atendido, sem problema algum”. Apenas lembrando que a vacina contra a febre amarela é contraindicada para crianças menores de seis meses, pessoas com baixa imunidade ou que tenham reação alérgica grave a ovo. Além disso, idosos acima dos 60 anos, gestantes, pessoas vivendo com HIV/aids ou com doenças no sangue devem ser avaliadas por um médico antes de se vacinar.