As Forças Armadas fazem neste momento a primeira varredura em um presídio do país. A operação ocorre em Roraima e começou na manhã desta sexta-feira. Os militares não tem qualquer contato com os presos que foram levados para o banho de sol enquanto o pente-fino é feito na penitenciária agrícola de Monte Cristo. Eles buscam armas, celulares e outros pertences pessoais que são proibidos para detentos. Estão sendo usados detectores de metais de chão e de parede para auxiliar nos serviços.
Os militares que estão atuando nesse presídio são de outros estados. Essas são duas condicionantes para a autuação. Também participam da varredura ao lado do Exército, a Brigada de Infantaria da Selva, 20 homens da Secretaria da Justiça, 20 agentes penitenciários e 170 policiais militares. Os detalhes dessa primeira operação serão divulgados pelo ministro da Defesa, em uma coletiva, às 11h, no Recife, em Pernambuco.
O uso das Forças Armadas em presídios foi anunciado pelo governo federal como uma forma de combater a escalada da crise penitenciária no país, que já deixou mais de 120 mortos, principalmente em prisões do Norte do país. O motivo por trás das chacinas é uma guerra entre duas facções rivais, de São Paulo e Rio, que envolve seus aliados em outros estados.
No Rio Grande do Norte, a intenção do governador Robinson Faria é fechar o presídio de Alcaçuz, que vive uma rebelião desde o dia 14. Ele chegou a afirmar que a situação na capital Natal estava 'fora de controle'. Ônibus foram queimados e delegacias, atacadas em represália à transferência de chefes das organizações criminosas.