Alvo de um mandado de prisão preventiva, o empresário Eike Batista está em Nova York, nos Estados Unidos. A Rádio CBN apurou que ele viajou na última terça-feira (24) à noite, na classe executiva do voo 974, da American Airlines. Uma viagem desse tipo custa cerca de R$ 22 mil. Ele já foi o oitavo homem mais rico do mundo, segundo a Forbes, e é suspeito de participar de esquema de corrupção e lavagem de dinheiro que teria ocultado US$ 100 milhões no exterior (cerca de R$ 340 milhões).
O advogado de Eike Batista afirmou que ele está nos Estados Unidos a negócios, ainda sem previsão de retorno ao país. Ele afirmou que o suspeito vai se entregar e colaborar com as investigações. Agentes da Polícia Federal cumprem mandados na casa dele, no Jardim Botânico, na Zona Sul do Rio, desde as 6h, no âmbito da Operação Eficiência, que é um desdobramento das operações Calicute e Lava-jato.
O Ministério Público Federal e a PF cumprem ao todo dez mandados de prisão preventiva, quatro conduções coercitivas e 27 mandados de busca e apreensão em endereços do Rio, Niterói, Miguel Pereira e Rio Bonito. Entre os alvos de prisão preventiva, também estão o ex-governador Sérgio Cabral e o ex-secretário de governo Wilson Carlos, ambos já presos. Além deles, agentes tentam prender o advogado Flávio Godinho, Álvaro Novis, Sérgio de Castro Oliveira, Thiago Aragão, sócio na Ancelmo Advogados, empresa da mulher de Cabral, e Francisco Assis Neto.
As conduções coercitivas se destinam à tomada dos depoimentos de Susana Neves e Maurício Cabral – ex-mulher e irmão de Cabral –, de Eduardo Plass, da TAG Bank e da gestora de recursos Opus, e de Luiz Arthur Andrade Correia, que já tinha sido preso na 34ª fase da Operação Lava-jato, em setembro. Ação é baseada em investigações que conseguiram quebras de sigilos dos envolvidos, além de delações premiadas.