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Servidores em Barbacena voltam ao trabalho após suspender greve
Cidade
Publicado em 17/06/2016

 

 

Os servidores públicos municipais de Barbacena aprovaram a suspensão da greve e imediato retorno ao trabalho, após assembleia realizada na noite de quarta-feira (15). Funcionários de diferentes setores estavam paralisados há quase 50 dias. De acordo com sindicato, todos já retomaram as funções nesta quinta-feira (16). A Secretária Municipal de Educação confirmou que as escolas estão funcionando normalmente. Na próxima segunda (20), está agendada uma nova rodada de negociações com a mediação do Ministério Público, em Belo Horizonte.

Na proposta, assinada por representantes do governo e dos servidores, a Prefeitura se compromete a conceder 3% de reajuste salarial, em duas parcelas de 1,5%, incidentes nas folhas de julho e de setembro, e o pagamento, ainda em 2016, dos 30% faltantes do 13° salário de 2014. Segundo o integrante da Comissão de Negociação, Edval Machado de Oliveira Junior, esta proposta ainda não atende às demandas da categoria, que serão discutidas na continuidade da negociação. “Queremos os 8,67% restantes do reajuste e o pagamento do 13º salário de 2015 e uma garantia de que vamos receber o 13º de 2016. Além disso, os professores não receberam o salário de maio que é pago em junho. Retornamos ao trabalho confiantes na evolução das negociações”, disse.

A categoria iniciou a greve em 28 de abril, afirmando que a Prefeitura não cumpriu na totalidade a lei que determinou que o reajuste de 11,67% e o 13º salário de 2015 fossem pagos em três parcelas em março, abril e maio para os servidores efetivos, aposentados e pensionistas. De acordo com informação publicada no site oficial da administração municipal, com o retorno ao trabalho, a Prefeitura abonará os dias não trabalhados dos grevistas com o pagamento em 48h. Também ficou acertado que o Executivo Municipal enviará à Câmara de Vereadores projeto de lei revogando a Lei 4747/2016, para estabelecer novas bases legais para abrigar o novo conteúdo das negociações. Educação Com o retorno às aulas, a Prefeitura não fará a contratação de professores temporários prevista no edital de chamamento publicado na última sexta-feira (10).

De acordo com a Secretária Municipal de Educação, Rita Candian, todos os interessados foram informados de que a efetivação do contrato dependia do resultado da assembleia desta quarta porque era uma alternativa caso a paralisação continuasse. Os documentos entregues serão guardados como um cadastro de reserva, para acionar em casos de substituições na rede de ensino. Segundo Rita Candian, das 24 escolas municipais, quatro não tiveram adesões ao movimento e 20 tiveram paralisação parcial. Nesta segunda (13), duas retomaram pleno funcionamento e os professores das outras 18 aguardavam o resultado da assembleia. Ela contou ao G1 que o turno da manhã está funcionando de forma completa e que o salário de maio dos professores será depositado nesta quinta. A expectativa agora é de estabelecer o calendário de reposição o mais breve po

ssível. “Já foi criada uma comissão formada por técnicos da Secretaria junto com representantes do comando de greve que trabalham para restabelecer o novo calendário, dentro das nossas preocupações de cumprimento do conteúdo previsto para os 200 dias letivos. A primeira reunião sobre o assunto deve ser na sexta-feira. A nossa meta é aprová-lo o mais rápido possível”, ressaltou. De acordo com a secretaria, a rede municipal possui oito mil alunos entre crianças e adolescentes, da educação infantil ao 9º ano do ensino fundamental.

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